Gerenciar uma indústria é um trabalho complexo, que envolve uma série de atividades para garantir fluxos produtivos e evitar desperdícios de recursos, sejam eles materiais, financeiros ou naturais.
O just in time é uma metodologia de gestão de processos que ajuda os líderes de empresas a otimizar processos e garantir que cada um deles utilize apenas os recursos essenciais e que cada etapa seja realizada apenas quando necessário.
Continue lendo para saber mais sobre o método just in time, conhecer suas vantagens e saber como e quando aplicar!
Índice de conteudos:
Just in time significa “no tempo certo” e é uma metodologia de gestão da produção. O seu principal objetivo é fazer com que tudo ocorra no seu devido tempo — nem antes, nem depois.
Assim, é possível cortar custos, diminuir o desperdício e evitar sobras no estoque.
Segundo o conceito, nada deve ser produzido, transportado, entregue ou comprado antes da hora. As mercadorias devem ser vendidas e recebidas apenas quando for necessário.
Mas para que o just in time funcione, é fundamental que os gestores conheçam a fundo todos os processos produtivos da empresa e as necessidades dos clientes.
Só assim é possível entender o que precisa ser comprado e vendido em cada momento.
Quem criou o just in time foi a empresa japonesa Toyota após a crise de 1929, em um momento em que o país vivia a escassez de recursos naturais e, por isso, desperdícios não eram aceitáveis.
Nesse cenário, o mercado automobilístico estava aquecido e exigia respostas rápidas da fabricante japonesa, que conseguiu otimizar a sua produção e reduzir custos e desperdícios com o novo modelo de gestão.
Como já falamos, os principais objetivos do just in time são a redução de custos da empresa e a diminuição do desperdício.
De acordo com Shigeo Shingo, considerado um guru da metodologia, uma fábrica deve buscar a melhoria contínua para alcançar um nível de zero desperdício, zero estoque e zero defeito.
Sim, essas metas são utópicas, afinal, nenhuma empresa tem processos perfeitos, mas a ideia é que elas motivem todo o time a estar constantemente melhorando e conseguindo alcançar o máximo possível em economia e qualidade.
Por causa dos seus objetivos de redução de custos e desperdícios, o just in time consegue trazer uma série de benefícios para as indústrias.
Conheça os principais!
Para que a empresa consiga atingir os seus objetivos com o just in time, é de fundamental importância que os líderes conheçam muito bem todos os processos da fábrica. Somente dessa forma podem identificar gargalos e falhas e, com base neles, traçar planos de melhorias.
Como a melhoria contínua é um dos pilares da metodologia, um dos resultados obtidos com a sua implementação é a otimização dos processos, que se tornam cada vez mais eficientes.
O just in time busca fazer com que os custos com equipamentos, materiais e mão de obra sejam reduzidos ao que é essencial. Quando juntamos a isso a otimização dos processos, sobre a qual já falamos, temos uma significativa redução dos custos de operação.
Além disso, também é possível observar a diminuição dos tempos de setup e de movimentação, dentro e fora da empresa.
A produção just in time também aumenta a flexibilidade de resposta do sistema. O tempo gasto com atividades que não agregam valor ao produto é diminuído, enquanto o tempo gasto com atividades agregadoras aumenta.
Isso traz ainda flexibilidade para o time construir fluxos mais produtivos em relação às variações no mix de produtos.
Como um dos objetivos do sistema just in time é uma produção com zero defeitos, é natural notar um aumento na qualidade quando a metodologia é adotada pelas indústrias.
Para isso, os trabalhadores devem ser treinados em todas as áreas, inclusive na gestão da qualidade, para que saibam exatamente o que é uma peça de qualidade e como produzi-la.
A principal desvantagem do just in time é que a metodologia não pode ser aplicada em todas as indústrias. Aquelas que têm pouca previsibilidade sobre a demanda e que passam por muitas oscilações não conseguem estruturar os seus processos de acordo com esses sistema.
Além disso, existem empresas que necessariamente precisam ter um estoque maior e que, por isso, também não se adaptam ao just in time.
O kanban é uma metodologia que organiza as etapas de um projeto. Ele ajuda na definição das etapas e no controle do ritmo da produção, além de sinalizar quando uma nova fase deve ser iniciada.
O kanban é considerado uma forma de atingir o just in time e ajuda a garantir que apenas os recursos necessários sejam utilizados em cada fase da produção.
Se a sua empresa tem previsibilidade sobre as demandas e processos bem estruturados, implementar o just in time pode trazer bons resultados e garantir melhorias nos fluxos de trabalho.
A seguir, veja o passo a passo para começar a usar o just in time no seu negócio.
É importante que o espaço físico da empresa esteja organizado para facilitar os fluxos de trabalho. Toda a disposição dos equipamentos e setores deve ser pensada estrategicamente, considerando todas as etapas, desde o recebimento de mercadorias até a entrega de produtos.
Os objetivos da empresa devem refletir a nova organização. Com o just in time, a fábrica deixa de precisar de um grande estoque, por isso, as suas metas devem ser voltadas para a aquisição de clientes — isso garante o bom volume de vendas e os níveis de produção.
Com novos objetivos e nova organização, é natural que a empresa precise definir novos KPIs para todos os seus processos. Isso deve ser feito por todos os times, desde a compra de matérias-primas até o time de vendas.
Uma grande mudança dentro da empresa pode deixar os funcionários confusos. Por isso, é fundamental que todos estejam por dentro do que está acontecendo, conheçam os novos objetivos e KPIs e sejam treinados para operar nos novos moldes.
O just in time é uma metodologia voltada para a agilidade na execução de processos e economia de recursos. A tecnologia pode ser uma grande aliada na implementação desse sistema, tornando mais fácil o controle sobre os processos, a tomada de decisões e o acompanhamento dos KPIs.