Os custos diretos são aqueles que estão ligados à produção de uma empresa. Conhecê-los e administrá-los é fundamental para a saúde financeira da empresa, pois isso favorece uma gestão com base em dados e permite a redução de gastos desnecessários.
Neste artigo, você vai saber exatamente o que são custos diretos e qual a sua diferença em relação aos custos indiretos, fixos e variáveis. Continue lendo!
Índice de conteudos:
Os custos diretos são aqueles que estão diretamente ligados à produção e, por isso, podem ser facilmente atribuídos.
Por isso, os custos diretos podem ser facilmente calculados de forma objetiva pelo empresário e têm uma proporcionalidade predefinida no produto final.
Como você já sabe, os custos diretos são aqueles que permitem a operação do negócio. Ou seja, sem eles, não seria possível manter a empresa em funcionamento.
Aqui, estamos falando de aquisição de matérias-primas, aluguel do espaço no qual a empresa funciona, remuneração dos funcionários que atuam na produção, embalagem, entre outras coisas.
Para calcular o custo direto de um determinado produto, é preciso analisar duas frentes. Uma delas é relacionada ao consumo de materiais e, a outra, ao tempo gasto por cada funcionário na produção.
Com esses dados em mãos, você deve somá-los e dividir pelo número de produtos produzidos em um determinado período. Ou seja:
Custo Direto = (gastos com compra de matéria-prima + custo da mão de obra) / quantidade de produtos fabricado
Não se esqueça de que todos esses valores devem corresponder a um mesmo período. Se você está usando a quantidade de produtos fabricados em um mês, deve somar os valores gastos com materiais e mão de obras nesse mesmo mês.
O gestor que conhece bem os seus custos diretos (e indiretos) consegue ter uma visão mais ampla e realista sobre a sua operação. Dessa forma, pode direcionar todo o planejamento financeiro de forma mais estratégica.
O conhecimento sobre os custos também é fundamental para a precificação correta dos produtos a serem comercializados, garantindo que o valor praticado seja suficiente para cobrir os custos e obter lucro.
Por fim, não podemos deixar de falar sobre previsibilidade. O gestor que sabe exatamente quais são os custos diretos de cada produto consegue fazer previsões mais certeiras e planejar o futuro de maneira mais acertada, o que também contribuiu para uma boa saúde financeira.
Como você sabe, os custos são aqueles gastos que estão diretamente relacionados à operação do negócio. As despesas, por sua vez, são os gastos administrativos. Quer um exemplo?
Em uma fábrica, os custos são todas essas coisas que já citamos aqui – compra de materiais, remuneração da mão de obra, aluguel do espaço, embalagens, etc. Já as despesas estão relacionadas à administração.
Alguns exemplos são a compra de materiais de escritório, investimento em publicidade e divulgação, remuneração das pessoas que atuam na administração, etc.
Já os custos indiretos são aqueles que contribuem para a fabricação do produto, mas não são indispensáveis para a operação da empresa. Alguns exemplos são gastos com perdas de produtos, falha no transporte e depreciação.
O custo variável, por sua vez, é aquele que sofre alterações periódicas por causa do aumento ou diminuição da produção.
É o caso das matérias-primas, que são compradas em maior ou menor quantidade a depender do volume de produtos que uma empresa precisa produzir.
O gestor sabe que os custos variáveis são necessários e em todos os meses estarão presentes, mas nem sempre o valor será o mesmo.
O cálculo do custo variável depende de como a empresa funciona. Isso porque, além da matéria-prima, também, pode entrar aqui nesta classificação a remuneração da mão de obra, caso ela seja paga por hora.
Agora que você já sabe o que são custos diretos, indiretos, fixos e variáveis, é preciso saber como apurá-los na sua empresa. Para isso, existem diferentes métodos de custeio.
O mais utilizado é o método variável, que avalia os gastos utilizando apenas os valores dos custos diretos e variáveis. Dessa forma, é feito um cálculo simples para entender quanta matéria-prima é necessária para produzir cada produto e o seu custo.
Existe também o método de custeio por absorção, que é um pouco mais complexo. Nesse modelo, são utilizados todos os custos da fabricação, sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis.
Esse modelo, no entanto, considera somente os produtos vendidos, e não aqueles que estão em elaboração ou no estoque.
Existem dois cálculos necessários para saber o custo dos produtos e mercadorias: o Custo do Produto Vendido (CPV) e o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
Um produto é tudo aquilo que é produzido por uma empresa e a mercadoria é o resultado da produção depois que ela já foi vendida e está no mercado.
Na prática, uma fábrica encara um par de sapatos, por exemplo, como um produto. Mas, para uma loja, o mesmo par é uma mercadoria. Por isso, as fábricas costumam trabalhar com o CPV e as lojas, com o CMV.
O cálculo do CPV utiliza uma série de variáveis, como os gastos de fabricação, aquisição de matérias-primas, mão de obra e estoque.
Depois de levantar esses dados, deve-se multiplicar a quantidade de matéria-prima utilizada pelo preço da matéria-prima. Depois, multiplicar o resultado pela quantidade de vendas.
A margem de contribuição é o valor que sobra depois da venda de um produto, subtraídos da receita que acabou de entrar, os custos variáveis para a produção daquele item. É a margem de contribuição que vai garantir a cobertura tanto dos custos como dos lucros.
Para calcular a margem de contribuição, deve-se usar a seguinte fórmula:
Margem de contribuição = receita de vendas – gastos variáveis
Independentemente do tipo e do valor de custo que a sua empresa tenha, gerenciá-los é essencial para evitar problemas financeiros. Confira algumas dicas:
Conhecer e controlar os custos diretos e indiretos é uma atividade de fundamental importância para a saúde financeira de uma empresa, o que impacta diretamente na sua manutenção no mercado.
A falta de controle ou erros nos cálculos podem resultar em grandes prejuízos e, por isso, toda essa gestão precisa ser feita com atenção e cuidado.
A adoção de um sistema de gestão pode facilitar muito esse trabalho. Um sistema, além de automatizar algumas funções, diminui consideravelmente as chances de erros, tornando o trabalho muito mais ágil e seguro.